Sempre é tempo
O texto abaixo é do blog F1 Ácida e é algo que eu deveria ter escrito, entendido, visto e não escrevi, entendi e não vi em uma primeiro momento. Uma pena, uma pena e é minha falha. Era como eu deveria ter visto as coisas e não vi em um primeiro momento com essa clareza. Mas sempre há tempo para estudar os lados que não se vê no calor da hora. Gostei muito de ler, ver os vídeos com mais calma, entender algumas coisas e espero que Nico tenha entendido bem e lembre das palavras do colega.
Críticas a Rosberg são injustas!
Durante o grande prêmio da China, que não foi dos mais emocionantes, houve um diálogo interessante entre Nico Rosberg, atualmente terceiro colocado no mundial, e seu engenheiro. O alemão solicitou que Hamilton aumentasse seu ritmo, pois estava preocupado com Vettel.
Já na coletiva, houve um momento de tensão. Rosberg não gostou do que ouviu de Lewis Hamilton, atual líder e provável campeão desta temporada, tamanho é o seu favoritismo novamente.
Não demorou muito e começou a circular nas redes sociais não só piadas chamando Rosberg de chorão, como várias notícias neste sentido, dizendo que Nico estava fazendo papel de coitado, inclusive algumas matérias afirmando que ele havia perdido o pouco respeito que possuía. Outros diziam que ele deveria ter ultrapassado na pista, pois estava mais rápido… Veja abaixo um trecho da entrevista:
Para começo de conversa, em nenhum momento Rosberg solicitou que Hamilton lhe desse passagem. Longe disso. Durante a conversa, ele se mostrou preocupado apenas com sua segunda colocação. Logo, atacar seu companheiro, naquele momento, não era sua prioridade, por razões óbvias e que depois ele mesmo veio a público falar.
O alemão tinha consciência de que a luta pela vitória estava praticamente perdida. Disputando com seu companheiro dispondo de equipamentos iguais e rendimentos muito próximos, sabendo que a Mercedes ainda enfrenta problemas com o desgaste de pneus e que ao aproximar-se de Lewis eles se desintegrariam mais rapidamente, qual seria o sentido em atacá-lo??! Isso apenas o deixaria vulnerável para uma possível investida de Vettel.
Neste ponto, Rosberg agiu com muita inteligência e ele – melhor do que ninguém, por mais presunçosos que alguns sejam – sabe o quão dura é a tarefa de tentar derrotar Hamilton. Nico tem total consciência da superioridade do inglês e trabalha arduamente para diminuir esta desvantagem. A temporada de 2014 que o diga… Estamos apenas na terceira etapa do campeonato. Assegurar o maior número de pontos possíveis é o seu papel, quando a vitória não está ao alcance.
Por outro lado, diferentemente de Rosberg, Hamilton tem muito mais carisma, consequentemente o número de fãs é bem maior. Então quando essa parte das brincadeiras fica a cargo do torcedor, considero absolutamente normal. Mas quando jornalistas apontam o dedo e resumem o alemão a figura de chorão, derrotado ou outro adjetivo do gênero, sem se dar ao trabalho de refletir sobre tais circunstâncias, percebo o quanto estamos em “maus lençóis”.Para seguir lendo lá no F1 àcida e ver também os vídeos clica aqui :)
Para refletir bem e ficar com o amargo do massacre que os jornalistas estão fazendo com Nico sem notar esse sorriso irônico de Hamilton que diz bem mais e algo bem pior.
Durante o grande prêmio da China, que não foi dos mais emocionantes, houve um diálogo interessante entre Nico Rosberg, atualmente terceiro colocado no mundial, e seu engenheiro. O alemão solicitou que Hamilton aumentasse seu ritmo, pois estava preocupado com Vettel.
Já na coletiva, houve um momento de tensão. Rosberg não gostou do que ouviu de Lewis Hamilton, atual líder e provável campeão desta temporada, tamanho é o seu favoritismo novamente.
Não demorou muito e começou a circular nas redes sociais não só piadas chamando Rosberg de chorão, como várias notícias neste sentido, dizendo que Nico estava fazendo papel de coitado, inclusive algumas matérias afirmando que ele havia perdido o pouco respeito que possuía. Outros diziam que ele deveria ter ultrapassado na pista, pois estava mais rápido… Veja abaixo um trecho da entrevista:
Para começo de conversa, em nenhum momento Rosberg solicitou que Hamilton lhe desse passagem. Longe disso. Durante a conversa, ele se mostrou preocupado apenas com sua segunda colocação. Logo, atacar seu companheiro, naquele momento, não era sua prioridade, por razões óbvias e que depois ele mesmo veio a público falar.
O alemão tinha consciência de que a luta pela vitória estava praticamente perdida. Disputando com seu companheiro dispondo de equipamentos iguais e rendimentos muito próximos, sabendo que a Mercedes ainda enfrenta problemas com o desgaste de pneus e que ao aproximar-se de Lewis eles se desintegrariam mais rapidamente, qual seria o sentido em atacá-lo??! Isso apenas o deixaria vulnerável para uma possível investida de Vettel.
Neste ponto, Rosberg agiu com muita inteligência e ele – melhor do que ninguém, por mais presunçosos que alguns sejam – sabe o quão dura é a tarefa de tentar derrotar Hamilton. Nico tem total consciência da superioridade do inglês e trabalha arduamente para diminuir esta desvantagem. A temporada de 2014 que o diga… Estamos apenas na terceira etapa do campeonato. Assegurar o maior número de pontos possíveis é o seu papel, quando a vitória não está ao alcance.
Por outro lado, diferentemente de Rosberg, Hamilton tem muito mais carisma, consequentemente o número de fãs é bem maior. Então quando essa parte das brincadeiras fica a cargo do torcedor, considero absolutamente normal. Mas quando jornalistas apontam o dedo e resumem o alemão a figura de chorão, derrotado ou outro adjetivo do gênero, sem se dar ao trabalho de refletir sobre tais circunstâncias, percebo o quanto estamos em “maus lençóis”.Para seguir lendo lá no F1 àcida e ver também os vídeos clica aqui :)
Para refletir bem e ficar com o amargo do massacre que os jornalistas estão fazendo com Nico sem notar esse sorriso irônico de Hamilton que diz bem mais e algo bem pior.
By Lu
Comentários
Desculpa a moça lá do Twitter, mas imbecil é ela e essa galera que tem atacado de bom grado caras que na realidade não fizeram absolutamente nada de grave. É aquela coisa, o errado dado como certo novamente.
Parabéns aos fãs do Hamilton. Deve ser assim, de transbordar orgulho, por torcer por um cara de caráter como ele. ¬¬'
=*
Tenho acompanhado de perto a F1 há alguns anos e em particular as questões de relacionamento humano.
Concordo com o texto de reflexão sobre a atitude técnica de Rosberg e de certa forma podemos até encarar como uma proteção ao time, haja vista que, caso fosse viável ao Hamilton aumentar o ritmo, o que provavelmente seria e o foi, ambos estariam seguros contra os ataques ferraristas.
O que coloco em pauta para continuarmos nesta reflexão é a iniciativa de Rosberg de expor em publico que o companheiro estava lento. Em posição invertida provavelmente Hamilton teria feito a mesma coisa se não tivesse condições para ultrapassar. Neste momento, ao expor a dinâmica da situação, Rosberg mostra ao publico a estrategia "egoísta" do companheiro. Não acredito que Rosberg tenha feito premeditadamente. Certamente no calor da situação ele expôs o companheiro mas, neste caso, o coloca em uma situação de auto preservação, que pode ir além dos interesses da equipe.
Finalmente, eu gostaria de colocar ao blog que da mesma maneira que leio varias mensagens condenando, e de maneira correta, interpretações maldosas da mídia de massa ao Alonso, peço uma reflexão sobre o comentário do sorriso "irônico" de Hamilton. Eu tive o cuidado de assistir o Press Conference do final da corrida. Observei a atitude corporal dos pilotos. Com foco em Hamilton, foi possível perceber uma atitude firme e obviamente uma preparação previa na expectativa de receber comentários incisivos de Rosberg. Seu tom foi muito impessoal, beirando ao grosseiro, mas a situação e a postura física do Rosberg não permitiam outra abordagem. A ironia pode aparecer na linguagem corporal, mas não foi verbalizada, pelo contrário. Hamilton foi incisivo e como falei beirou ao grosseiro. O fato é que pré-julgar que a ironia, caso tenha existido, abre portas de uma má personalidade pode soar muito precipitado. Não vou julgar o passado de Lewis nesta pauta, apenas pontuar que as pessoas são dinâmicas e podem encontrar zonas de retidão, mesmo que em ambientes competitivos e que instigam relações explosivas muito mais do que casos de amor.
Bem, Nico hoje disse que o modo como Hamilton pilotar a partir de agora é "completamente irrelevante" (fiz post disso tb) e pode indicar mais liberdade para ele e uma briga mais aberta ainda.
Nico, como bem diz o texto, tem mesmo um perfil mais coorporativo, mas pensando no todo e no dele ao mesmo tempo. Hamilton não mostrou na carreira que eu me lembre nada assim. Talvez Nico tenha que mudar um pouco sua abordagem quanto a equipe, ao campeonato e o modo como tudo deve ser feito.
O legal é esse caos todo agora no início onde tudo ainda pode ser recuperado.
Super obrigada por ter comentado aqui. Perdão não responder antes.
bjs, Lu