Ferrrari anuncia Sebastian Vettel como piloto

Após confirmar saída de Alonso, Ferrari anuncia acordo de três anos com tetracampeão Vettel

O alemão Sebastian Vettel decidiu deixar a Red Bull, time com o qual venceu seus quatro títulos mundiais na F1, para defender as cores da icônica Ferrari na F1. Vettel vai substituir Fernando Alonso. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (20)

Precisava apenas da confirmação e do papel timbrado da Ferrari. A equipe italiana corroborou nesta quinta-feira (20) aquilo que todos já sabiam: Sebastian Vettel vai mesmo correr com as cores da icônica marca de Maranello a partir de 2015. O acordo anunciado vem imediatamente na sequência da saída de Fernando Alonso.

O vínculo entre o alemão e a escuderia será por três temporadas. Sebastian vai formar dupla com o finlandês Kimi Räikkönen, substituindo Alonso, que deixa a esquadra após cinco anos.

No início do mês de outubro, durante a etapa do Japão do Mundial, a Red Bull comunicou que Seb estava de saída da equipe com a qual conquistou seus quatro títulos mundiais na F1 e com quem formou uma das parcerias mais vitoriosas da história. Vettel decidiu sair “pela fome de fazer algo novo”.

Do lado ferrarista, a vinda do jovem tetracampeão acompanha o ano de transição vivido pela esquadra vermelha em 2014. Depois de apenas dois vice-campeonatos como resultados mais expressivos em sua passagem por Maranello, Alonso foi preterido e agora deve assumir o cockpit da McLaren, time que defendeu em 2007.

Antes do espanhol, a Ferrari viu a renúncia de Stefano Domenicali do cargo de chefe de equipe e a substituição dele pelo executivo da marca para os EUA, Marco Mattiacci. Tudo isso ainda em abril. Neste mês, a equipe também se despediu do emblemático Luca di Montezemolo, que presidiu a montadora de Modena por 23 anos.

O fato que é a equipe italiana atravessa uma fase bastante irregular na F1 nas seis últimas temporadas, marcada por mais baixos do que altos. Alonso era o piloto dos olhos de Montezemolo e em quem o time depositava toda a esperança para voltar a ganhar campeonatos, mas, apesar do esforço do bicampeão, os resultados não vieram. O asturiano protagonizou brigas acirradas com a Red Bull e o próprio Vettel em duas oportunidades: 2010 e 2012. Em ambos acabou derrotado.

O último título no Mundial de Pilotos aconteceu em 2007 com Räikkönen. E a última taça entre os construtores veio apenas um ano depois, em 2008, quando Felipe Massa perdeu o Mundial para Lewis Hamilton na etapa derradeira em Interlagos. Neste ano, a esquadra está muito longe de qualquer pretensão de briga por vitórias ou ainda títulos.

"A Ferrari decidiu colocar sua fé no mais jovem campeão múltiplo da história da F1", disse Marco Mattiacci, chefe da esquadra italiana, em nota.

"Em termos de F1, Sebastian Vettel é uma combinação única de juventude e experiência e ele traz consigo um grande espírito de equipe que vai se mostrar inestimável quando, juntamente com Kimi, começarmos a enfrentar os desafios que nos esperam."

"Com Sebastian, todos nós compartilhamos a sede de vitória, bem como o entusiasmo, uma forte ética de trabalho e tenacidade, elementos-chave para que todos nós na Ferrari possamos escrever um novo capítulo de vitórias em nossa história", completou.

O tetracampeão também se mostrou satisfeito com o anúncio e disse que correr na Ferrari é um sonho que se torna realidade. "A próxima etapa da minha carreira na F1 será com a Ferrari, e isso, para mim, significa um sonho que se tornou realidade", disse o alemão no comunicado.

"Quando eu era criança, Michael Schumacher no carro vermelho foi o meu maior ídolo e agora é uma honra incrível finalmente ter a chance de pilotar uma Ferrari. Já tive uma pequena amostra do espírito da Ferrari quando venci em Monza, em 2008, com um motor de Maranello."

"A equipe tem grande tradição neste esporte e estou extremamente motivado para ajudar o time a voltar ao topo. Vou colocar o meu coração e a minha alma para fazer isso acontecer", concluiu.

Grande estrela do programa de jovens talentos da Red Bull, Vettel foi criado para se tornar campeão mundial. Não só cumpriu a missão que recebeu, como o fez de forma espetacular: foram quatro títulos consecutivos em uma carreira meteórica e marcada por recordes. Mais jovem pole-position, vencedor e campeão do mundo, o alemão tem apenas 27 anos. 

Depois de estreiar na F1 em 2007 pontuando com a BMW no GP dos Estados Unidos, substituindo um afastado Robert Kubica, Sebastian Vettel se mudou para a Toro Rosso no GP da Hungria. Naquele ano, quase conquistou um impressionante pódio debaixo de chuva torrencial no GP do Japão, mas acabou errando e colidindo com Mark Webber antes de uma relargada. Mantido na STR para o ano seguinte, mostrou que tinha tudo para se tornar um dos gênios do esporte ao dominar o GP da Itália, em Monza, com o carro de uma equipe que se chamava Minardi até 36 meses antes. 

Com a qualidade atestada, Vettel foi escolhido pela Red Bull para substituir David Coulthard em 2009. Graduara-se no Red Bull Junior Team e, com a grande mudança no regulamento técnico vivida naquele ano, passou a se tornar um habitué das primeiras colocações. Venceu com o time de Milton Keynes já em sua terceira corrida, o GP da China, também debaixo de chuva em Xangai, e ainda faturou outras três corridas naquele ano antes de terminar como vice-campeão. 

Em 2010, a dinastia começou. A afinadíssima parceria com Adrian Newey na esquadra comandada por Christian Horner e Helmut Marko foi rendendo frutos e mais frutos com o passar das corridas. Ele se sagrou campeão pela primeira vez na última etapa daquele campeonato, em Abu Dhabi, após uma virada inesperada sobre Webber e Fernando Alonso. Dominou o campeonato de 2011, voltou a ser campeão em uma acirrada disputa contra Alonso em 2012 e fez história em 2013 ao vencer nove corridas em sequência. 

Neste ano, o piloto está na quinta posição do Mundial de Pilotos após 14 das 19 corridas e ainda não subiu ao alto do pódio nenhuma vez. E, pela primeira vez, atrás de seu companheiro de equipe. 

Na carreira, Vettel soma 39 vitórias, duas a menos que o tricampeão Ayrton Senna, e 45 pole-positions. 

Fonte: Grande Prêmio

Escolhas. A vida é feita de escolhas. Sair da zona de conforto e entrar no olho do furacão. Vettel escolheu a segunda e assinou por três anos com a equipe mais incompetente da F1. A mais famosa, tradicional e aquela que sim, TODOS os pilotos querem correr (por mais que eles digam que não), mas a pior entre as grandes e EU sei do que falo.

Não posso dizer que ele fez a escolha certa, porque não tenho bola de cristal, mas posso dizer que pelos anos de Kimi por lá, infelizmente tradição não leva a lugar nenhum. O Iceman venceu seu único título em Maranello, mas na época havia um restante de gente competente por lá, liderada por Jean Todt. O que definitivamente posso julgar é que Kimi sim escolheu errado ao voltar (embora não tivesse melhor escolha dado a sua situação na época), pois está no final de sua carreira, não tem mais tempo para fazer tanto e a ferrari não faz questão de fazer nada por ele. Mas como eu disse lá no começo deste texto, a vida é feita de escolhas e Räikkönen escolheu este caminho. O que cabe a mim é acompanhá-lo, embora nunca tenha concordado com a escolha dele.

Já Vettel tem todo tempo do mundo, já tem vários títulos, não precisará desesperadamente ser campeão para provar que pode. Terá sim que provar que pode ser campeão com a Ferrari. Mas sinceramente, não vejo isto como um problema, ele faz parte da nova geração da F1 e foi exatamente para isto que a ferrari o contratou. Desejo a ele boa sorte. Vai precisar, porque esta equipe pela qual ele correrá pelos próximos três anos é uma vergonha. 

Para encerrar, espero ver Kimi e Vettel ainda próximos. Espero que nada acabe o que eles construíram fora das pistas desde 2008. Sei que estas coisas de amizades na F1 são difíceis, que elas enfrentam obstáculos fatais quando pilotos amigos tornam-se companheiros de equipe (vimos este ano o que fez com Lewis e Nico), mas espero que esta equipe que eu odeio mais do que tudo nesta vida, não me dê mais este motivo para desprezá-la ainda mais, destruir a amizade de Kimi e Vettel, que existe sim e é verdadeira sim.

Beijinhos, Ludy

Comentários

Sabendo para que lado o bico do caro da Ferrari anda apontado ultimamente (para baixo) o assunto abordado por vc Ludy neste ultimo paragrafo foi o que mais me deixou tensa quando Vettel acertou sua ida para lá. Espero que esta equipe não destrua esse relacionamento.
Será um ano de desafios em vários aspectos na vida dos dois.


Nay

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