Saudades

Após perda do pai, Button prevê ano emotivo: "Será incrivelmente difícil, quer seja uma corrida boa ou ruim"

 Depois de anos acompanhado pelo pai no paddock da F1, Jenson Button vai encarar neste fim de semana, na Austrália, sua primeira corrida após a morte de John. Desde a estreia do britânico no Mundial, o patriarca da família Button era presença constante nos circuitos ao redor do mundo.

Em janeiro deste ano, John foi encontrado morto em casa na Riviera Francesa, aos 70 anos. A suspeita é de que ele tenha sido vítima de um ataque cardíaco.

 Em entrevista ao jornal britânico ‘The Telegraph’, Jenson quebrou o silêncio sobre a morte do pai e reconheceu que será muito difícil encarar o GP da Austrália, em Albert Park, sem a companhia de John.

“No GP, claro, eu não vou estar sozinho”, disse Button. “Terei toda a minha família e meus amigos ao meu redor, o que vai ajudar muito. Mas será incrivelmente difícil, quer seja uma corrida boa ou ruim. Mesmo com todas aquelas pessoas lá, será difícil, não importa o que aconteça. Eu gostando ou não, ele era sempre a última pessoa a me cumprimentar ou a me abraçar antes de eu entrar no carro. Vou sentir muita falta disso”, frisou.

“Se eu chegar ao pódio, será incrivelmente emocional. E se tudo correr mal e tivermos uma corrida ruim, também será emocional, porque ele não vai estar lá para me amparar”, comentou Jenson.

Esperando viver momentos intensos na Austrália, Button reconhece que este não será o único fim de semana difícil na temporada. “Sempre tiveram aqueles momentos que tinha uma corrida ruim e ele aparecia para colocar tudo em perspectiva. Isso me incomodava de certa forma, pois eu sabia que ele estava certo, mas quando seu pai tenta te dizer alguma coisa, é sempre difícil quando você está de mau humor. Será um fim de semana muito emotivo. E não será o único neste ano”, reforçou.

Por fim, Jenson falou sobre as mensagens que recebeu desde a morte de John. “Foram dois meses bem estranhos”, resumiu. “Eu poderia dizer horríveis, mas, de certa forma, foram bons – as mensagens de condolência e o pensamento das pessoas sobre o meu pai, coisas que eu nunca soube sobre ele”.

“Foi muito especial nesse sentido e para ver quantas pessoas ele tocou”, declarou. “Alguém me escreveu uma linda mensagem, dizendo: ‘A vida de todos os outros voltará ao normal, mas não a sua. Mas não se sinta culpado por rir ou sorrir, pois é exatamente isso que ele iria querer’. Achei uma mensagem adorável”, revelou.

“Quando você está longe das corridas e longe das pessoas, é quando dói. É como um punhal no coração”, concluiu.

Fonte: Grande Prêmio

Que linda e melancólica a entrevista! Força no "perucón", JB. É difícil, é doído, mas a vida segue tanto lá como aqui. Jhon vai descolar uma tevezinha com F1 lá em cima para dar uma olhadinha no campeonato.

By Lu

Comentários

Meu coração parte! :(

bjs, Ludy
André Candreva disse…
só quem já passou por isso sabe o tamanho da dor que é imensa...

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