“Devo tudo a ele”
Coulthard diz que Stewart foi
referência para carreira, mas exalta legado de Clark: “Devo tudo a ele”
Sem
esquecer outros importantes do esporte a motor na Escócia, David Coulthard
elegeu aquele que considera o maior de todos: “Devo tudo a Jim Clark."
Coulthard,
hoje com 42 anos, nasceu em 1971, três anos após Clark morrer em um trágico
acidente numa prova de F2 em Hockenheim – naquele tempo, era comum ver pilotos
de F1 correndo em outras categorias. Nenhum piloto possuía mais vitórias na F1
do que Jim, vencedor de 25 GPs.
Apesar
de nunca ter convivido com o bicampeão da F1, Coulthard o tem como grande
ídolo. Ele se lembra bem das histórias que ouvia o pai contar quando ainda era
criança.
“Meu pai contou uma história dele [Clark]
fazendo rali”, disse o hoje comentarista de TV em entrevista ao jornal ‘The
Scotsman’. “Aparentemente, ele colocou o carro em uma vala onde meu pai estava
assistindo e autografou uma caixa de cigarro. Também contou histórias sobre
batalhas na guerra. Era preciso pensar quais histórias eram fruto da
imaginação. Havia dois tipos de livros na nossa casa, livros de corridas e das
Grandes Guerras, e olhar para as fotos dos escoceses pilotando de pé embaixo
era bem empolgante para uma criança”, continuou.
“Aí
você entra no esporte e começa a viajar e encontrar jornalistas e pessoas das
equipes que estiveram envolvidos por décadas e tiveram a sorte de cruzar com
Jim, e eles estão falando sobre esse escocês com tanta paixão e respeito que te
faz perceber que Clark era muito especial. Sendo escocês, isso me orgulha, mas
o principal é que te faz acreditar. Fez-me acreditar que, se um jovem escocês
que pilotou carros em bases áreas poderia ir lá e conquistar o mundo, era
possível. Era real. Não eram apenas fotos em um livro ou em filmes de
Hollywood”, filosofou.
Ao
dar os primeiros passos da carreira, porém, Coulthard não teve Clark como
principal referência e, sim, em outro escocês: Jackie Stewart. “Teve maior
influência nas carreiras dos caras da minha geração porque estava vivo, mas ele
estava sempre falando das conquistas de Jim”, comentou.
Na
entrevista, um terceiro piloto foi citado: Innes Ireland, que passou pela F1 e
venceu o GP dos Estados Unidos de 1961.
“Não
tenho dúvidas de que Jim, Jackie, Innes e outros não tivessem começado suas
carreiras ao redor de barris de óleo na base aérea de Charterfield e lugares
assim, o automobilismo da Escócia não teria nascido e pessoas não teriam
vencido em Le Mans, na F1, na Indy e no resto”, afirmou.
“Sei
disso, porque falo com eles sobre isso, que Allan McNish e Dario Franchitti se
sentem da mesma forma, que fomos capazes de ir lá e obter relativo sucesso em
campeonatos de alto nível ao redor do mundo por causa das bases construídas por
Jim Clark, Jackie e Innes. Sem dúvida.”
Coulthard
venceu 13 dos 246 GPs que disputou na F1. Até o GP do Brasil de 2013, era ele o
britânico recordista de participações na elite do automobilismo mundial.
(fonte: Grande Prêmio)
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Belas palavras as de DC!
Bjuss, Tati
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