Coluna Velocidade e Batom: O que eu vi em “Rush” by Ludy Coimbra


O que eu vi em “Rush”  by Ludy Coimbra

Você sabe que gostou de um filme quando assim que os créditos começam a subir, você sente que o que acabou de ver falou diretamente ao seu coração. Foi por isto que amei “Rush”, que assisti hoje. 

Desde o primeiro momento em que começamos a saber sobre a realização do filme, nós, que amamos F1 (seja por causa de seus pilotos ou equipes), estávamos ansiosos por ele. E sinceramente, eu adorei o que vi. 

Não vivi os anos retratados na história, não era nem nascida, mas conheço muito dos personagens porque amo F1 (com todos os defeitos da categoria... rsrsrs) e ver na tela do cinema um filme que tem a mesma como pano de fundo é algo maravilhoso. 

Não vou ficar aqui comentando sobre a história, o que quero comentar é sobre algumas coisas que me fizeram realmente amar este filme. 

Primeiro, a relação James Hunt e Nikki Lauda e que na verdade, é o principal tema do que vemos em “Rush”. Obviamente o cinema dá às histórias um tom muito mais fantasioso, as coisas ficam mais poéticas e belas, mas é impossível você assistir a este filme e não pensar: “uma pena que hoje as relações entre os pilotos não sejam mais assim, de honestidade e rivalidade, mas acima de tudo, de respeito”. 

As carreiras de Hunt e Lauda se cruzaram em diversos pontos de suas vidas. Eles eram totalmente diferentes um do outro, a única coisa que tinham em comum era o desejo de vencer. Mas era exatamente isto que fazia os dois tão especiais quando competiam um contra o outro. E Ron Howard mostrou esta relação tão antagônica de uma forma muito linda. 

Segundo, o mundo da F1. Como eu disse, não vivi a época, só conheço o que li sobre os personagens, então não farei críticas sendo que não tenho competência para isto. Vou falar sobre o que vi na telona e o que vi, eu adorei. Os tifosi (me acabei de rir com a cena do carro de Niki Lauda com eles... rsrsrs), um ambiente de paddock que deixaria muita gente maluca porque era praticamente a garagem de uma borracharia em contraste com o visual de “hospital” que temos hoje. O já conhecido jeito ingrato de ser da Scuderia Ferrari ao tratar seus pilotos. Enzo Ferrari e sua presença de poderoso chefão. Os pilotos que são mencionados e/ou aparecem, as cenas de corrida, o barulho dos carros. Amei tudo. Pode ser que muita gente não ache perfeito ou fiel, mas sinceramente, achei o filme muito bem feito. Nada a reclamar mesmo!

Terceiro, as mulheres dos pilotos. Suzy Miller (Olivia Wilde) que foi esposa de Hunt e Marlene Lauda (Alexandra Maria Lara) de Niki. Ao ver este filme sinceramente tenho ainda mais admiração por mulheres de pilotos daquela época. No caso da esposa do inglês, acho que ela foi é corajosa de se envolver com um homem como ele que obviamente jamais poderia ser colocado dentro de um casamento, dada a sua personalidade e seu comportamento. A F1 e a diversão eram as duas únicas coisas que moviam Hunt. Jamais o amor por uma mulher. Mas ela tentou. E Marlene Lauda? Meu Deus! Só de imaginar o sofrimento dela, fico pensando o quanto devia ser difícil amar um piloto de F1 e estar lá por ele naquela época, como ela fez. As cenas do hospital então, só de lembrar... E ela deu sorte, porque Lauda deu valor a isto, e muito. 

Quarto, “por que as mulheres amam pilotos de corrida?”. Esta pergunta é feita por James Hunt no filme e eu até concordo com o que ele falou (mas não direi o que é, para quem não viu o filme...rsrsrs), nunca tinha pensado neste motivo antes, mas devo dizer, além da razão dada pelo inglês no filme, eu complemento, amamos F1 (e não só os pilotos) porque embora a categoria não seja como a gente queira às vezes, ela definitivamente ainda nos emociona, de uma forma ou de outra, seja por causa de nosso piloto preferido ou de nossa equipe do coração. Amamos pelas mesmas razões que os homens, porque automobilismo mexe com a gente, nos diverte, nos faz torcer, vibrar, passar raiva, mas acima de tudo, a amar o barulho dos carros e o fascínio que eles nos causam. 

Para encerrar, o quinto e último motivo: a parte final do filme, que começa logo depois da cena entre Niki Lauda e James Hunt em um hangar de um aeroporto qualquer. As imagens mostradas, as palavras tão sinceras de Lauda sobre Hunt, especialmente com relação à questão "ser campeão e não ter mais nada para provar". Foi ali, naquele exato momento que eu tive certeza que o filme tinha falado com meu coração. Ele havia me lembrado de um certo finlandês. 

Beijinhos, Ludy

Comentários

Biba disse…
Aff seu texto me fez lembrar de cada cena do filme rsrsrsrs. Como eu disse quando saímos do cinema, eu amei tanto, que fiquei sem palavras, sabe quando vc ama tanto um filme ou um livro que quando vc acaba de ver parece que fica orfã???? Me senti exatamente assim, fiquei orfã!!!! To com vontade de ver de novo de novo e de novo!!!!
com certeza tá na minha lista de filmes que ficarão pra sempre no meu coração!!!!! Daqueles que vc tem orgulho de falar, este eu vi no cinema, e vi com uma pessoa especial, que também ama e amou o que viu... Queria que a Carol e a Tati estivessem conosco no cinema, seria perfeito!!!!!!!
Obrigada pela companhia mais uma vez :)
Verdade Biba!!! É bem por aí!!! Uma pena que elas não estavam conosco mesmo!!! :(
Obrigada pela companhia também!!!!! :)

bjs, Ludy
Talita Regis disse…
Aaaaah, eu quero ver esse filme! :(
#FaculdadeDosInfernos!

¬¬'

Bem, eu só os traillers, e li uma ou outra reportagem sobre o filme, mas só de saber que ele se ambienta no universo da F1 já fiquei mega curiosa de vontade de ver...
Por mais que, como vc Ludy, não tenha vivido essa época, a F1 sempre mexerá conosco, que ama de verdade o esporte...
Tenho certeza que vou amar... (tanta certeza quanto tenho de que ODEIO resistência... ¬¬')

E gostei bastante das conclusões que vc tirou do filme, especialmente a que se refere à relação que as mulheres tem com o automobilismo... e vc me deixou curiosa tbm, pra saber a resposta dele... kkkkkkkkkkkk'

Enfim, valeu por partilhar sua experiência invejável com essa pobre criatura que vos fala! T.T

Talita Regis
Eric Oliveira disse…
Sem palavras pro Filme!! assisti hoje também, final emocionante, apesar de não gostar muito do Lauda, no final cairam algumas lagrimas com o discurso dele! muito top o filme, acho que não existiu rivalidade igual! muitos confundem a palavra Rivalidade com inimizade ! mas o maior exemplo ta nesse filme, eles não eram inimigos! se respeitavam acima de tudo! xD
Mirella disse…
Nossa, Ludy, concordo com tudo. adorei o filme, e é impossível ver a representação da personalidade de James Hunt e não se lembrar de Kimi.
Anônimo disse…
Vou ver hoje, espero que seja tudo isso e mais um pouco.



Melinda.
Pois é Mirella, há algumas diferenças gritantes, já que Hunt era bem esquentado, como a gente viu no filme (e adorei...), mas em outras, impossível mesmo não lembrar do Iceman. Se ele assistir ao filme, definitivamente vai adorar!

bjs, Ludy
Eric, aquele final me levou às lágrimas também! Fico imaginando para a família do Hunt. E eu, como vc, que não gosto do Lauda, neste filme é impossível não simpatizar com ele, impossível mesmo. E foi exatamente isto que mais adorei no filme, eles não eram inimigos, eles não se odiavam, um empurrava o outro, um incentivava o outro por causa da rivalidade permeada de respeito que tinha. Isto é quase inexistente na F1 atual.

bjs, Ludy
Duda disse…
Amiga, vc disse tudo que eu penso sobre o filme. Magnífico! Eu me emocionei muito, não só pela enorme parcela que a F1 ocupa no meu coração, mas porque não teve uma única imagem do Hunt que eu não visse o Kimi ali. Isso me deu um super aperto no coração. Naquela cena onde se fala de como a Ferrari trata seus pilotos, acho que meu estômago deu um looping na minha barriga....
Isso sem contar a cena do hangar, parte que eu comecei a chorar. Me identifiquei muito, aquilo ali é a minha vida.

Enfim, indescritível.

Queria que o TFU tivesse visto junto.

Bjss
A cena do hangar é linda, do começo ao fim Pry. No fundo, eles eram amigos, do jeito deles, mas eram. Fico imaginando Niki Lauda vendo tudo aquilo sabe?
Li uma entrevista dele falando que James teria adorado o filme e eu acho que teria mesmo, porque eu achei que o filme fez justiça aos dois. James venceu no final por um ponto seu maior rival. E ele foi tão lutador naquela corrida do Japão. E Lauda foi lutador por tudo. Não gosto do cara, não gosto porque ele fala um monte de merda hoje em dia, mas putz, definitivamente tenho um respeito por ele agora, porque o que ele passou, só Deus mesmo para ajudar, e uma mulher como a dele.

... não teve uma única imagem do Hunt que eu não visse o Kimi ali. Isso me deu um super aperto no coração. #2

Me identifiquei muito, aquilo ali é a minha vida. #2

bjs, Ludy
Duda disse…
O Lauda sofre da Síndrome de Pelé, mas realmente, tem que ter muita fibra e ser muito abençoado pra passar por tudo aquilo....

Bjão
Anônimo disse…
O filme é bom, mas pra mim faltou alguma coisa para ser ótimo. Numa coisa Lauda tinha razão; "a felicidade é inimiga, faz você ter dúvidas, te enfraquece..." Parecia uma profecia, já que ele abandonou a prova, que provavelmente o levaria ao título. A vitória de Hunt não foi completa, seu maior adversário não estava na pista. Esse James era mais comedor do que festeiro e se o Kimi tem o mesmo fôlego, UAU!!



Melinda

Melinda
Estela disse…
Muuito bom o filme!!!Vi ontem e amei!! :D
Ludy, não sei se foi só eu que reparei, mas sabe a parte que o Hunt ta no telefone enquanto ele ta brincando com um autorama?Tem uma hora que o carrinho dele bate e a câmera da um close.Bem no lugar onde o carrinho bateu tem uma bandeirinha da Finlândia.Até pensei que eu tava vendo coisas, mas depois a cena repete e deu pra ver que era a bandeira mesmo.
Beijos
Não reparei Estela, mas se tudo der certo, verei o filme no sábado que vem novamente e vou reparar. :)

bjs, Ludy
Estela disse…
Beleza, depois tu conta se viu.Espero que eu não esteja vendo coisas kkkkk
Beijos

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