Coluna "O que elas pensam?" by Lu



Entramos no restaurante finalmente? É bom mesmo?

Quem anda por aqui desde o início do blog deve lembrar que a metáfora que eu mais usava nos podcasts da época em que Nico Rosberg estava na Williams era a vitrine do restaurante. Morto de fome  era como eu imaginava o piloto olhando com olhinhos vidrados para dentro de um restaurante aconchegante que servia belos bifões com batatas cozidas e passadas na manteiga. Minha imaginação é tão boa que eu  “via” tudo isso em um cenário de inverno ainda. Pobre Nico faminto só namorando os bifes  pela vitrine enquanto passava frio do lado de fora do restaurante. Até neve tinha!

Servidos???
A situação dele, que tem grana para comprar uma rede de restaurantes de verdade, era mais ou menos essa se pensássemos na F1. Saiu campeão da GP2  e caiu em uma equipe renomada mas com dificuldades de lhe dar um carro competitivo. Teve alguns bons momentos e até pódios, mas o bifão da vitória não tinha jeito. Infelizmente da cozinha de Grove não saia uma bifão bem feito e suculento, quando muito, as batatas.

Solução? Trocar de restaurante e lá foi Nico para a Mercedes. Restaurante fino e prometendo não medir esforços para fazer o melhor bife com batatas da história. Contrataram um outro  “freguês” renomado e tudo mais. Sem problemas. A fome de Nico era tanta que ele mal notou o ilustre companheiro e quando teve a mínima chance ele teve o seu primeiro bifão. Foi com tudo e na China, onde carne nem é tão popular assim, ele comeu aquele bifão. Mas como se esperava ele não matou a fome. O gostinho da carne com batatas deu mais e mais fome.

Essa fome motivada pelo aquele gostinho bom que o bifão deixou na memória só fez o moleque trabalhar mais e mais. Infelizmente a cozinha da Mercedes é inconstante. Hora consegue fazer uns pratos bons em outras horas fica devendo até para a carrocinha de cachorro quente da esquina. E nesses momentos, tento quem tenha na mesa ao lado,  ele consegue aproveitar os bons pratos e até papou mais alguns bifões com batatas.

Tudo muito bom e parece encaminhado. Entramos realmente em um bom restaurante ou ainda se corre o risco de voltar para vitrine só olhando os pratos passando de um lado para o outro sem poder se quer sentir o cheiro? A cozinha de Mercedes tem se mostrado esforçada, mas muito inconsistente. Acostumado a fome, o rapaz nem reclama, porque conhece as dificuldades da vida, entretanto será bom para a carreira se contentar com as inconstância enquanto espero o chefe acertar a mão da receita do carro bom lá na cozinha?

No lugar de Nico, vocês procurariam outro restaurante? Um que só soubesse fazer bifões ou ficariam no restaurante conhecido onde ele já chama o dono pelo primeiro nome e os garçons já sabem de cor  o que é o “de sempre” ? Vale investir mais tempo  na Mercedes ou seria a hora de buscar outra cozinha? Nesse caso, qual seria?

By Lu

Comentários

Micael disse…
Olha Lu, a F1 é cruel e eu acho que todos passam seus dias de fome.
É apenas uma opinião mas, acho que o Nico está em um bom restaurante, e tem bons chefes de cozinha.
Creio que ele deve seguir ali sim, você nunca sabe quando pode surgir uma nova receita.

Bjs

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