Coluna "O que elas pensam?" by Ludy


“Por que eu amo automobilismo?” by Ludy 

Quando eu paro para pensar em como a Fórmula 1 faz parte da minha vejo que hoje ela toma um espaço que jamais foi ocupado por nenhum outro esporte que eu curta, como o futebol e o vôlei. 

Eu vivo F1, respiro notícias sobre Kimi, adoro passar o meu tempo livre (por menor que ele seja atualmente) pensando em algo bacana para o blog e para os leitores. No fundo, manter este blog é um prazer e também um desejo da minha alma de jornalista que anda infelizmente adormecida profissionalmente em razões das escolhas e imposições da vida real. 

E na última sexta, 8 de março, no Dia Internacional das Mulheres, quando atingimos a marca das 900 mil visitas em 5 anos de existência, eu me peguei pensando no que me faz amar tanto o automobilismo. O que me faz curtir tanto este esporte? 

Ser blogueira de um espaço como o Octeto, onde o assunto é algo que faz parte de forma esmagadora do mundo sexo oposto é um desafio e um prazer. Quando começamos com este blog, não tínhamos a intenção ou a pretensão de sermos grandes entendedoras de mecânica ou carros. Só queríamos um lugar para falarmos sobre os nossos pilotos favoritos. 

A fórmula deu certo. Crescemos. Conquistamos nosso pequeno espaço, nossa base de admiradores, de inimigos, de amigos. Éramos 4, nos tornamos 3. Tínhamos 8 octetes e depois adotamos mais um. Vivemos GPs do Brasil juntas. Gravamos vários podcasts. Conquistamos vitórias, passamos por derrotas e 900 mil visitas depois, ainda estamos aqui. 

E aí eu continuo, o que me faz amar tanto o automobilismo, mais do que eu amava quando o Octeto ainda não existia? O que faz uma mulher vibrar com um esporte ainda tão masculino e sim, preconceituoso quanto o assunto é exatamente a presença feminina, seja esta dentro ou fora das pistas? 

Bom, minha resposta é longa, mas acho que a encontrei... 

Eu amo o automobilismo porque para começo de conversa ele me deu quatro ídolos inesquecíveis e especiais: Gilles e Jacques Villeneuve, Ayrton Senna e Kimi Räikkönen. Eu amo o automobilismo porque ele me emociona com vídeos, fotos e a história de Gilles que não pude acompanhar ao vivo por ainda ser pequena. Amo o automobilismo porque posso passar horas no You Tube assistindo vídeos do rali e ficar admirada com estes homens e mulheres (sim, há algumas por lá) de talento e corajosos o suficiente para arrasarem pelas estradas empoeiradas ou cheias de neve mundo afora. 

Amo automobilismo porque sou capaz de sentir um carinho e uma mágoa proporcionalmente iguais pela Ferrari, de sentir saudades imensas de Jacques e aquela Williams de 96/97 que tantas alegrias e sustos me proporcionaram, de sentir saudades de Kimi e sua McLaren prateada e os momentos lindos vividos em Woking, até mesmo os dolorosos. 

Amo automobilismo porque com ele aprendi a gostar do rali e a ver a grandeza de pilotos como Sébastien Loeb, Colin McRae, Petter Solberg, Ari Vatanen, Michèle Mouton, de ficar feliz a cada conquista de nossos octetes, de rir com a loucura do pessoal da Lotus sacaneando Räikkönen, de poder viver a F1 ao vivo em Interlagos, por ter conhecido pessoalmente Jacques, Kimi e Alonso e principalmente, amo automobilismo porque ele me deu o Octeto Racing Team e a chance de fazer amigos. 

Por isto, em razão de tudo o que escrevi acima, posso afirmar com toda certeza, que mesmo com todos os preconceitos sofridos, eu amo automobilismo porque ele me emociona, seja pelas vitórias, derrotas, lições ou o simples fato de ver o sorriso mais lindo no rosto dos meus pilotos favoritos. Eu sou uma menina que ama um esporte de meninos e tenho o maior orgulho disto. 

Beijinhos, Ludy

Comentários

Linda coluna! Sempre escrevendo DIVINAMENTE!!!! Perfeitooo... não sinto tanto "amor" pela F1 como antes, mas ainda dá para emocionar!! hehehe

Parabens irma!

Bjus, Tati

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