Semana Kimi Räikkönen 2012 - "10 temporadas depois, o que mudou?" by Ludy

Texto: “10 temporadas depois, o que mudou?” by Ludy 

E chegou a minha vez de escrever. Depois de ter lido, me identificado e me emocionado com as palavras de todos que participaram da Semana Kimi Räikkönen 2012, é chegada a minha hora de colocar no papel o que foi que mudou, dez temporadas depois quando o assunto é Kimi e a F1. 

Para quem é novo no Octeto e não sabe, este texto servirá também como um resumo sobre como comecei a seguir o finlandês. 

Quando ele entrou na F1 em 2001 eu era fã de Jacques Villeneuve e logo de cara, o canadense sempre polêmico questionou a concessão da superlicença a alguém tão inexperiente em corridas de monopostos como Kimi. Eu logo fiquei de orelha em pé para saber de quem Jacques falava e de lá para cá, Kimi sempre esteve sob minha atenta observação. #sougrataaJacquesporisto 

Apesar de acompanhar toda a sua carreira desde o começo, foi somente em 2005, quando ele disputou aquele campeonato lindo, porém doloroso, com Fernando Alonso, que eu me encantei de vez. Aquele ano foi sem dúvida o maior da carreira do Iceman, com performances de deixar qualquer admirador de boas corridas batendo palmas de pé. 

Em 2006, com a saída definitiva de Jacques da F1, Kimi passou a ocupar o posto de número 1 da minha atenção. Lembro-me da sensação maravilhosa de estar em Interlagos (era minha primeira vez) e vê-lo naquela McLaren cromada, linda, reluzindo sob o sol escaldante. Inesquecível. 

Em 2007, um ano de recomeço para ele e de tantas emoções para mim. Vivi esta temporada com tamanha intensidade que é impossível colocar no papel tudo o que sinto quando relembro da mesma, então me foco naquele domingo de outubro, onde tudo que eu mais sonhava para o finlandês se tornou realidade e eu estava lá. Um dia que jamais esquecerei. 

Depois do sonho, veio o pesadelo. De 2008 e 2009, se eu espremer com muita força, terei poucas lembranças boas. A Ferrari pode ter sido o local onde Kimi finalmente se tornou campeão do mundo, mas eu preferiria mil vezes que esta glória tivesse acontecido com a McLaren. Apesar do título e dos momentos felizes, o que me vem à mente quando o assunto é o time de Maranello só tem um nome: mágoa. 

Com a saída da F1, veio a bonança. Eu sei que o texto deveria focar na categoria máxima do automobilismo e as 10 temporadas do Iceman por lá, mas é impossível apagar 2010 e 2011 da mente, quando na minha opinião, estes anos deram a Kimi a sabedoria para encarar 2012 da forma como ele vem encarando, com garra, foco e experiência. 

E é neste ponto que respondo: 10 temporadas depois, o que mudou? Em mim, tudo. Aprendi tantas coisas com este finlandês que às vezes, me surpreendo. Sou grata por todos os momentos felizes e até mesmo às tristezas e frustrações vividas, porque delas tirei grandes lições. Fora que por causa do Iceman ganhei amigos maravilhosos e que levarei para sempre comigo. 

Em Kimi, somente a capacidade de ser ainda melhor no que faz, pilotar, porque de resto, ele continua o mesmo menino apaixonado por corridas que chegou à F1 em 2001. Com o mesmo sorriso, a mesma simplicidade, o jeito autêntico, a acidez que lhe é peculiar, o jeito tímido, porém cativante, o carisma nato, e aquele algo mais que somente quem o admira tanto, conhece, a verdade do seu jeito de ser. Não há ninguém como Kimi, ele é único, é especial. Kimi Räikkönen é simplesmente Kimi Räikkönen. 

The English version of this text can be downloaded here.

IceKisses, Ludy