Tensão
Após cancelamento dos eventos pré-GP do Canadá, Montreal vive clima de
tensão para prova
Na última segunda-feira (4), os organizadores do GP do Canadá cancelaram
todos os eventos que iriam acontecer na quinta-feira, um dia antes do início
dos treinos livres para a prova que acontece no domingo. Entre outros motivos,
François Dumontier, promotor da prova, afirmou que cancelou o evento
pré-corrida "para proteger a integridade do fim de semana".
Segundo o grupo de maior representação entre os estudantes, os protestos
vão continuar com ainda mais força no sábado, quando eles prometem “mostrar ao
mundo o que está acontecendo”. Mas Gabriel Nadeau-Dubois afirma que não entende
o motivo do cancelamento dos eventos da quinta-feira.
"Eu acho que os turistas teriam apreciado de serem informados da
situação", explicou o estudante ao jornal canadense ‘Toronto Sun’.
"Quando há uma crise social, é óbvio que nós não vamos parar de protestar
só porque há carros de corrida em Montreal”, continuou ele, que garantiu que
não iria “colocar em risco a vida de nenhuma pessoa que fosse aos eventos”.
Mais de 150 mil estudantes estão protestando há mais de 100 dias contra
o aumento nas taxas de matrícula nas universidades. Segundo eles, o aumento vai
prejudicar as pessoas de baixa renda do país. Os protestos mais fortes
acontecem em Montreal, casa do GP do Canadá, durante a noite e são frequentados
por milhares de pessoas – mais de 3 mil já foram presas desde o início das
manifestações.
Além disso, uma lei emergencial que entrou em vigor nas últimas semanas,
que diz que qualquer pessoa envolvida com os protestos deve ser detida, também causou
revolta entre os estudantes que, recentemente, ganharam o apoio da ONU
(Organização das Nações Unidas) e da Anistia Internacional. O governo afirma
que a lei serve para “conter a agitação social que tem tirado a tranquilidade
de muitas famílias canadenses nos últimos dias”.
Os protestos também estão abalando os festivais de verão do país, que
acontecem nesta época do ano. Responsável pelo “Just For Laughs”, tradicional
festival de comédia do país, Gilbert Rozon confirmou que a venda de ingressos
está 50% abaixo do esperado e que já cancelou oito shows por motivos de
segurança.
Enquanto isso, o primeiro-ministro de Quebec Jean Charest acusa os estudantes
de “ferirem os interesses do estado” por armarem protestos durante a semana em
que a F1 está no país – a prova é um dos eventos mais importantes do Canadá e
atrai mais de 300 mil turistas ao país, de acordo com dados dos organizadores.
"Muito bem protestar contra Jean Charest e protestar contra o
governo", disse Charest ao 'The Canadian Press'. "Mas eles estão
ferindo os direitos de muitas pessoas. Eu acho que eles têm precisam examinar
suas consciências quando se trata de seus atos”, explicou. “Se eles têm uma
mensagem para passar, penso que nós podemos concluir que ela foi recebida”,
completou.
Na última terça-feira, a nova ministra da eduacação, Michelle
Courchesne, afirmou que as negociações chegaram a um impasse e, insatifsietos
com os rumos das conversas, 10 mil estudantes tomaram as ruas de Montreal para
mais um protesto contra o governo.
Para esta semana, em apoio aos estudantes, o grupo de hackers Anonymous
promete atacar o site da F1 e de todos os seus parceiros – na última semana, a
organização divulgou os dados de mais de 100 pessoas que compraram ingressos
para o GP do Canadá pela internet.
(fonte: Grande Prêmio)
Xiiiii... tensão no AR!!!!!
Bjinhus, Tati
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