Sobre Lewis e outras cositas!!

Eu sempre tive muita dificuldade de colocar em palavras os meus pensamentos sobre a passagem do Alonso na McLaren. Por diversas eu tentei mas nunca consegui fazer como gostaria. Nunca! Mas eis que pinga no email do Octeto o comentário da amiga Marian.

É incrível como eu me identifico com a forma com que ela vê e torce por Alonso. Vemos o mesmo homem, o mesmo piloto, o mesmo ídolo... temos o mesmo sentimento (não podemos estar tãão erradas! rs). E então, pela primeira vez alguém conseguiu colocar em palavras tudo que senti em 2007. Se vocês quiserem entender o que passou comigo neste anos, leiam o que ela escreveu. AH! E se quiserem, também podem colocar assinado Tatiana, ao final do texto... rsrs Sim, pois é como se o comentário tivesse sido escrito por mim (exceto a parte da Ferrari e do se cumplió el sueño... rsrsrs). Vamos lá:

Oiii, Tati!

Sí, sentirse alonsista y decir lo que piensas de Hamilton es interpretado como odio ciego hacia el inglés. Este año, está teniendo problemas con varios pilotos. Con Fernando no. Fernando ya le conoce. Y él ya conoce a Fernando.

Cuando el Nano llegó a Renault en 2008, no podía ver a Hamilton y a Ron Dennis ni en pintura, los culpables, para mí, de la desastrosa temporada de Alonso en McLaren. Dolía verles a ellos sobrados de prepotencia mientras Fernando sobrevivía en un equipo en el que le adoraban, sí, pero en el que ya no tenía posibilidades de ganar títulos. Fernando parecía un apestado que tuvo que salir de un equipo en el que no le querían.

En 2009, el rencor seguía estando ahí. La esperanza de ver a Fernando en Ferrari, me mantenía optimista y fuerte. Y en 2010, se cumplió el sueño, y ya Hamilton y Dennis empezaron a importarme menos. Al Nano le quieren en la Scuderia, le valoran, le respetan, reconocen la clase de persona que es, reconocen al Campeón, al piloto, al profesional.

Este año, hasta puedo decir que Lewis Hamilton me cae bien, porque ya me importa un pito, porque ahora Fernando no es vulnerable, está donde merece, y estoy tranquila, contenta, satisfecha. El Sir hasta me produce pena algunas veces, y risa otras, como ayer cuando posó para las fotos junto a Seb y a Button, frustrado por haber dejado escapar la 'pole position'.

Me alegra ver que ha llegado un compañero que le está poniendo en su sitio, con elegancia y en silencio, hablando sólo en la pista. Un compañero inglés.

Este año, Lewis Hamilton está pasándolo mal, y el mundo está viendo una realidad que muchos alonsistas ya veíamos, y no sólo por estar cegados por la traumática experiencia de 2007, cuando se llevaron a Fernando para tenerle con ellos y no contra ellos, para convertirle en escudero...

Hoy tienes que perdonarme tú, Tati. ¡Cómo me estoy enrrollando!

Qué GRANDE hoy Fernando, ¿eh? Suzuka 2011, entre mis carreras favoritas ya para siempre.

¡Besitos desde España!

Marian

O tempo aliviou as feridas, que hoje quase não vistas, ainda que existam! Só o tempo é capaz de curar tudo... só ele ...

E aproveitando o gancho, quero falar também um pouquinho do Lewis e algumas cositas más...

Na Fórmula 1 todos os dias são criados gênios, sejam como projetistas (ex: Ross Brawn em 2009 voltou a ser gênio após ERA Ferrari, mas em 2010 já deixou de ser) ou como pilotos. Lewis Hamilton já teve seus dias de glória e de "gênio" (nós alonsistas sabemos disso. Lembram!?) hoje vive um inferno astral, onde lhe sobram críticas e faltam elogios, já que estes estão destinados ao mais novo “gênio” do pedaço.

Na transmissão da corrida eu ri sozinha quando o jornalista global Carlos Gil comentou sua “experiência pessoal” com Lewis Hamilton. Ele contou que 2007 se via um piloto alegre, sorridente, simpático, que tratava todos com muita cordialidade, mas que hoje se alguém monossilábico, fechado e estranho. Estranho... foi assim que ele descreveu Lewis hoje.

Eu tenho uma teoria para isso... 2007 tudo era bonito e colorido para Lewis porque ele não tinha a pressão sobre seus ombros. Ele tinha Alonso para carregar o fardo da equipe e os problemas causados no time. Ele tinha Ron Dennis para defendê-lo de tudo e todos. Ele tinha a mídia, a imprensa inglesa. Ele tinha a FIA. Ele tinha Alonso como para-raio para tudo que acontecia. Ele tinha o papel de mocinho e Alonso o papel de vilão.

Hamilton era simpático porque as vitórias tornam tudo lindo e simples. Qualquer um é simples, doce, espontâneo, moleque quando se está vencendo, quando se tem um time por trás lhe dando toda cobertura e apoio. Tudo é colorido quando as vitórias são o plano de fundo.

O que diferencia os homens são as atitudes na dificuldade, nas derrotas, quando o carro não anda, quando é necessário se contentar com um 5º. lugar e fazer disso um exemplo de motivação para pessoas que trabalham na máximo da potência (o tempo todo) e o resultado não vem. Na primeira parte Lewis passou com louvor, já na segunda, não. Só que eu não o condeno, cada um reage as dificuldades da vida de um jeito. Cada um escolhe um papel para interpretar.

A grande questão é que eu não surpreendo com este Lewis versão 2011, porque onde muitos viam o novo Schumacher, o mais jovem campeão do mundo de F1, aquele capaz de quebrar todos os recordes do maior de todos os tempos, eu via um piloto cercado de tudo do bom e do melhor, e nunca havia passado por metade das dificuldades que fazem de um piloto realmente Grande. Acho que se absorver tudo que aconteceu este ano, Lewis poderá ser tornar um dos maiores, e provalmente será um fortíssimo adversário para Alonso, se não for o maior e mais difícil. #medo #respeito

A verdade é que fazer papel de mocinho na F1 é muito fácil, basta ter um sorriso no rosto, tratar a imprensa com “carinho” (do jeito que ela aprova), fazer graça em frente às câmeras e dizer o que o povo quer ouvir. Difícil é ter que atender a imprensa com sorriso após uma derrota, difícil é admitir que perder é uma bosta, difícil é ter que cumprimentar um adversário que acabou de te vencer, difícil é admitir que não pode vencer ou que foi vencido, difícil é vestir a roupa da sinceridade e ser você mesmo, custa o que custar. Difícil é ser vilão (ou seria, ser humano!?).

O mundo hoje é o do politicamente correto, algo que considero uma completa babaquice, onde é mais vale ter sorriso com falsidade do que uma lágrima com sinceridade. E a imprensa adora dizer que sente falta da F1 sem mimimi e que os bons tempos eram os de Piquet ou James Hunt. Maldita hipocrisia! Imagina se algum piloto mandar alguém para aquele lugar! Óóóóó... que feio!!! affff

E Alonso é vilão neste contexto... E digo: Prefiro o Alonso vilão! Prefiro um piloto que ficou emburrado ontem no pódio (talvez) por ter perdido o último recorde que lhe restava ( não sei se é verdade, mas vi alguns comentarem isso) do que um personagem que sorri de tudo, que é politicamente correto. Fico mais orgulhosa em ver Alonso “discutir” com Petrov após Abu Dhabi do que vê-lo sorrir para câmera após uma dolorosa derrota. Isso mostra que estou torcendo por um ser humano de carne e osso, que sofre e senti a derrota tanto quanto eu, que chora, que erra ... mas que é o que é. Prefiro torcer por homens do que por personagens! Pois no final... lá na frente a decepção é muito maior. Lewis Hamilton não nos deixar mentir...

É tudo uma questão de tempo... pois uma hora a verdade aparece. E disso nós alonsistas entendemos, pois temos visto isso repetidas vezes, já passamos por muito. A nossa diferença é que com Alonso nós não nos decepcionamos, porque o asturiano não fingi ser quem não é. Fernando é verdadeiro, até quando é mau perdedor, e talvez por isso é odiado por muitos.

Nós já passamos por muitas coisas (McLaren, Lewis, brigas, derrotas, tropeços) mas continuamos aqui, seguindo e aprendendo a esperar...

Hoje esperar já faz parte do nosso dia a dia... seja para os títulos que virão ou para as máscaras que ainda cairão.

Bjinhus, Tati