Coluna Warm Up: Kimi ou Rubens? - Flávio Gomes

Coluna Warm Up: Kimi ou Rubens?

Se Raikkonen voltar, vai ser a grande notícia do mercado de pilotos para 2012. Porque o resto não vai mudar nada, lá na frente. Está todo mundo com contratinho renovado e/ou assinado

Do nada, eis que ressurge no horizonte o nome de Kimi Raikkonen. Para correr na Williams no ano que vem, no lugar de Rubens Barrichello. A notícia estourou na BBC nesta semana. Kimi esteve na sede do time em Grove conversando com dirigentes da equipe, que confirmam a visita, mas não dão nenhum detalhe sobre o que foi conversado.

E o que Kimi teria a fazer na Williams, afinal? Bater um papo com Mike Coughlan, talvez. Um dos personagens do escândalo de espionagem envolvendo também a Ferrari em 2007, Coughlan era um dos mais importantes nomes da McLaren quando o Iceman corria lá. Afastado das pistas durante um tempo por conta das traquinagens de quatro anos atrás, foi contratado recentemente pela Williams para comandar seu processo de reestruturação técnica.

Raikkonen passou os últimos dois anos dando tiros no escuro. Foi para o Mundial de Rali e inventou de montar um time e correr na Nascar. Depois que deixou a Ferrari, em 2009, jamais demonstrou alguma intenção de voltar à F1.

Mas algumas coisas aconteceram em sua vida. A pior delas, a perda do pai. E Kimi parece ter perdido o rumo, também.

Faltou a uma etapa do WRC, sua equipe foi punida, os resultados não vieram, as coisas desandaram. Voltar à F1 seria uma forma de encontrar o prumo de novo? Talvez.

Para a Williams, seria um grande lance de marketing. Mas precisaria dar certo, porque Raikkonen não é piloto pagante. Ao contrário, custa caro. Mais caro que Barrichello, provavelmente. Por outro lado, tem um potencial para atrair patrocinadores muito maior que o brasileiro. E dar certo é isso: chamar dinheiro. Não que Kimi vá sair a campo com uma pastinha debaixo de braço. Mas para a Williams, é mais fácil convencer alguém a investir na equipe com um piloto como o finlandês, com título mundial no currículo, do que com alguém com o perfil do veterano brasileiro.

Aqui com meus botões, acho que seria muito melhor ter um Raikkonen hoje do que um Barrichello, embora Kimi esteja há dois anos fora da categoria. Primeiro, porque é um piloto melhor e mais jovem — 32 anos, contra os quase 40 de Rubens. Depois, pela questão financeira: se for para gastar com salários, e se os valores forem parecidos, que se gaste com alguém que possa chamar publicidade.

Rubens seria uma boa opção para qualquer equipe da parte de baixo do grid, onde está a Williams hoje, se soubesse aproveitar o bom momento econômico do Brasil para reforçar o caixa de seus empregadores. Só que há anos ele não tem patrocínios pessoais angariados por aqui. E não parece que exista muita gente disposta a colocar dinheiro nele. Barrichello deixou de procurar patrocínios no país quando passou a ganhar bem na Ferrari. Não precisava, porque o holerite era gordo.

A ver, pois. Se Raikkonen voltar, vai ser a grande notícia do mercado de pilotos para 2012. Porque o resto não vai mudar nada, lá na frente. Está todo mundo com contratinho renovado e/ou assinado.

Fonte: Grande Prêmio

Flávio Gomes escreve de uma forma que só ele consegue. Sempre maravilhoso!

De verdade, eu nem tenho forças para comentar mais este assunto. Antes desta história toda estourar no mundo, nós, fãs do Iceman que participamos de fóruns já tínhamos lido sobre o assunto, mas nada tinho sido confirmado. Depois que a visita do finlandês foi confirmada, pronto!

Eu não quero Kimi de volta à F1 por nada neste universo. Nem que garantissem a ele que o carro ao seu dispor fosse lhe dar os títulos que ele merece. Tudo o que sinto é uma grande confusão, meus pensamentos ficam perdidos, não porque sinta falta de Räikkönen na F1, mas pelo medo que tenho de pensar em seu retorno. Mas ainda vou tentar organizar meus pensamentos e compartilhá-los com vocês este fim de semana.

Só tenho a dizer o seguinte, quero levar comigo as boas lembranças que ainda restam de Kimi na F1 e na Williams, me desculpem, Kimi não terá chances de vencer e eu definitivamente não quero ver Kimi andando no meio ou fundo do grid. Já passei por isto com Jacques e foi uma das coisas mais dolorosas. Não quero passar de novo. Fora que as críticas agora serão piores, mais cruéis, a F1, seus seguidores e seus profissionais não perdoam.

Beijinhos, Ludy

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