Investidores querem explicações

Investidores da F1 cobram explicações sobre esquema de propina

Investidores do grupo CVC, que detém a maior parte dos direitos comerciais da F1, estão cobrando explicações quanto ao nível de participação do grupo no escândalo de pagamento de propinas durante o processo de compra das ações da categoria, no qual está envolvido Bernie Ecclestone.

Segundo informações do site inglês "Financial Times", o conselho consultivo do CVC, formado apenas pelos maiores investidores e só acionado para resolver questões de grande importância e urgência, teria marcado uma reunião para o mês de setembro, cuja pauta seria a averiguação da participação de membros do grupo no esquema.

Um desses investidores, que não foi identificado, teria revelado ao "Financial Times" que os principais acionistas do grupo iriam "bombardear" os representantes da instituição com uma série de perguntas acerca do escândalo.

"Todos os grandes investidores têm essa prioridade e querem respostas para duas perguntas: vocês [CVC] sabiam algo a respeito do que estava acontecendo e, se não sabiam, que mudanças fizeram na postura da companhia quando descobriram?", indagou.

O principal alvo da investigação interna seria Donald Mackenzie, membro do CVC responsável pelo acordo da compra dos direitos da F1. De acordo com o site, investidores do grupo teriam relatado uma postura "controversa" de Mackenzie diante do caso.

No início de 2006, o CVC adquiriu mais de dois terços dos títulos comerciais da F1. Parte dos papéis pertencia ao banco alemão Bayern Landesbank (BayernLB). O então gerente do banco e responsável pela negociação dos títulos, Gerhard Gribkowsky, teria subornado Bernie Ecclestone em US$ 44 milhões (cerca de R$ 70 milhões) para vender as ações abaixo do valor de mercado.

Ecclestone teria repassado a propina em remessas parceladas, em nome das empresas Bambino Holding e Bambino Trust, sob justificativa de pagamentos por serviços de consultoria. Em troca, Gribkowsky devolveu US$ 41,4 (mais de R$ 66 milhões) a Bernie e mais US$ 25 milhões (aproximadamente R$ 40 milhões) às empresas Bambino, com recursos do próprio banco. O caso foi parar na justiça alemã.

À época, o grupo CVC negou participação no caso e afirmou que não tinha "qualquer conhecimento ou envolvimento em nenhum pagamento feito a Gerhard Gribkowsky".
Bernie Ecclestone, por sua vez, admitiu a transação, mas alegou que foi coagido pelo ex-gerente a participar do esquema.

Já o banco BayernLP afirmou que fez "auditorias internas e externas" para investigar o caso e que não encontrou nenhuma irregularidade. A posição oficial do banco é a de que os direitos da F1 foram negociados com valores compatíveis com a média do mercado.

Fonte: Tazio

Não é Brasil, né? Acho que essa história se arrasta ainda um bocado, mas não vai acabar em pizza somente.

By Lu

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