Retrô do Octeto - 2010 por Diego Maulana

Oi gente!!! Começa hoje a retrospectiva do Octeto Racing Team feita por nossos leitores, amigos e companheiros blogueiros. Até o dia 30 de dezembro, todo dia, teremos uma opinião a ser compartilhada com vocês.

É uma forma de recapitularmos o ano de 2010 no automobilismo de uma forma mais completa, já que cada um teve um momento que lhe marcou mais. Então, esperamos que curtam tudo, porque está bem bacana!

E a primeira participação da Retrô do Octeto - 2010 é do nosso colega blogueiro Diego Maulana, do No Mundo da Velocidade. Diego é jornalista (como eu) e além de seu próprio blog, ainda divide comigo e com Thiago Raposo, o Na Trilha do Rally. Confiram então o texto escrito por Diego, que aliás, é o aniversariante do dia! So... Feliz aniversário para ele!!!



"O que mais te marcou no automobilismo (e no Octeto) em 2010?".

Confesso que desde o momento em que recebi o convite para participar da “Retrô do Octeto” fiquei pensando: o que tinha me marcado nesse ano no automobilismo? Todo santo dia, antes de pôr a cabeça no travesseiro para dormir, lá eu ficava, matutando sobre o tema, tentando puxar pela memória os fatos marcantes do ano. E tenho que dizer: muita coisa veio em mente, até porque, procuro acompanhar várias categorias do esporte a motor.

Poderia aqui falar do WRC, que tem Sebastien Loeb, agora heptacampeão, que teve a surpresa Sebastien Ogier conquistando seu espaço, ou de Petter Solberg, mostrando que ainda está entre os tops. Poderia falar também da Indy e sua volta ao Brasil ou sobre as 500 milhas de Indianápolis, um evento sem igual, mesmo para quem está longe do lendário circuito. Ou mesmo poderia falar sobre a Moto GP, onde surgiu um novo campeão para desafiar o mítico Valentino Rossi, os espanhol Jorge Lorenzo.

Mas quero mesmo é falar sobre a F1. Contudo, não pensem que meu objetivo é discorrer sobre o novo campeão Sebastian Vettel, ou expor idéias e teorias sobre o GP da Alemanha, onde houve aquela ordem de equipe da Ferrari. Quero mesmo é apresentar um personagem que ainda pode ser um enigma para muitos, mas que não passou despercebido em 2010. Seu nome? Kamui Kobayashi.

Desde que o Japão começou a exportar pilotos para a categoria (Satoru Nakajima foi o primeiro em 1987), piadas não pararam de surgir. Toda vez que alguém queria se referir a um piloto ruim, dizia que esse parecia japonês. E havia motivos para isso, afinal, Nakajima, Ukyo Katayama, Aguri Suzuki e tantos outros chamavam mais atenção por causa de acidentes do que por resultados. Por isso o pé atrás com os nipônicos.

Pode se dizer que o melhor (ou menos pior) tenha sido Takuma Sato, que também nunca teve lá muito destaque.

E é sob essa desconfiança que Kobayashi estreou em 2009 no GP Brasil, substituindo Timo Glock. Kamui havia sido campeão da GP2 Asia, mas não tinha ido bem na parte Européia da competição. Seria ele um bom piloto ou estava lá só por ser o protegido da equipe? A resposta veio na pista.

Logo em sua primeira corrida ele deu uma canseira em Jenson Button, que viria a ser campeão naquela tarde e apareceu para o mundo. Não pontuou por azar. Na corrida seguinte, outra grande prova e o sexto lugar, garantindo seus primeiros pontos na F1. E seu lugar na equipe estava garantido para 2010. Mas quis o destino que a Toyota se retirasse da F1, deixando Kamui em um dilema. Não havia muitas vagas disponíveis e as que tinham, precisavam que o piloto levasse dinheiro. Sem o apoio da Toyota, o jovem japonês já se via voltando para sua terra natal e trabalhando no sushi bar de sua família.

Eis que surge um tal de Petter Sauber em sua vida e lhe oferece a oportunidade de guiar por seu time. E Kobayashi, sem pestanejar, aceita o convite. Mas quem disse que seria fácil se firmar na F1?

O ano começou ruim para o nipônico. O carro não era bom e ele não conhecia algumas das pistas. E os resultados fracos foram aparecendo. Quatro abandonos em quatro provas. Tudo conspirava para que ele fosse apenas mais um japonês na categoria que iria sucumbir aos apelidos de ‘piloto braço duro’. Até o momento da virada, oito provas haviam sido disputadas e Kobayashi tinha abandonado seis e marcado só um ponto. Ele estava muito pressionado a conquistar bons resultados. Mas as coisas finalmente começaram a mudar em Valência. Na pista espanhola, Kamui andou boa parte da corrida em terceiro e só entrou nos boxes para o pit obrigatória nas últimas voltas. Voltou em nono, mas com uma ultrapassagem em Fernando Alonso e outra em Sebastien Buemi, ambas na última volta, ficou em sétimo. Começava a deixar ali sua marca: as ultrapassagens.

Muito da atual fama da Kamui Kobayashi se dá ao seu estilo arrojado. Para ele não tem tempo ruim e pista sem pontos de ultrapassagem. Ele simplesmente vai e passa quem está mais lento. Não há Tilke no mundo que o pare. Simples assim. Em uma F1 cada vez mais chata, sem emoção, o japonês trouxe um novo frescor, uma imagem mais descontraída, mais carismática. Uma das cenas mais bacanas do mundial, por exemplo, foi a torcida japonesa e os mecânicos da Sauber vibrando a cada ultrapassagem de seu piloto durante o GP do Japão.

Kamui fez boas corridas no segundo semestre e provou que é capaz de estar na F1.

Não estou dizendo aqui que Kobayashi é um gênio, um talento espetacular ou coisa do gênero. Ele é sim um piloto muito promissor, com um longo caminho a trilhar. E está na rota certa. Em uma F1 tão obvia e cheia de clichês, Kamui Kobayashi é uma espécie de ‘Outsider’. Por isso chame a atenção. E na minha opinião isso é bom para dar uma imagem mais leve e agressiva para a categoria. Gostaria de vê-lo, um dia, em uma equipe grande para ver do que é capaz esse rapaz de olhos puxados. Certamente emoção não faltaria.

O japonês é o meu destaque do ano.

Octeto

O que marca para mim no Octeto é a descontração dos posts. Cada uma das diretoras com seu ponto de vista, com seus comentários sobre os octetes e sobre o mundo do automobilismo. Assim como Kobayashi, o Octeto foge dos clichês, é algo diferente do que vemos nos blogs sobre esporte a motor. Por isso é tão agradável ver as meninas ‘destilando seu veneno’ (no bom sentindo viu!). Para mim, o que marca aqui é o bom trabalho e o bom humor. Por isso sempre acompanho (e adoro fazer isso) esse espaço. Parabéns à Lu, à Tati e à Ludy.

Vídeos do Kobayashi

Ultrapassagens



Entrevista 1



Entrevista 2



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Diego, adorei você ter lembrado do Kamui. Ele é uma figuraça mesmo!!! E muito obrigada pela parceria, pelas palavras e pela participação!!!

Beijinhos, Ice-Ludy

Comentários

Marcos Antonio disse…
belo texto do Diego! Realmente Koba deu a categoria algo que ela ficou mto tmepo sme ter, um showman, que nos diverte com suas ultrapassagens ousadas!
Unknown disse…
acho koba um bom piloto, mas temos que ter um certo cuidado! talvez com mais quilometragem, possamos ter idéia de sua capacidade. no momento, penso ser muito cedo.
Anônimo disse…
Bem lembrado, Diego! Koba foi incrível em 2010!! Espero que ele repita a ousadia em 2011!

Super bjs
Julie
Diego!!!

Ótima escolha!!! Koba tem sido uma grata surpresa na F1!!!!Ele é uma figura!! hehehe

Obrigada por participar do especial!!!hehe

Bjus, Tati

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