Jock, Jacques e Rubinho
San Marino 2003
Se existe uma pessoa na F-1 pela qual eu tenho e sempre terei um carinho eterno, este alguém se chama Jock Clear, hoje, engenheiro de corrida de Rubens Barrichello na Brawn GP. Ele foi engenheiro de Jacques Villeneuve de 1996 a 2003.
E mesmo de longe, sendo apenas fã de Jacques Villeneuve, sempre coloquei minha mãe no fogo afirmando que Jock foi um único amigo verdadeiro que a F-1 deu a Jacques. Não errei, e este ano ele já me provou isto algumas vezes.
GP da Itália - 2003
Bom, minha introdução é só para indicar a leitura das entrevistas com os engenheiros dos pilotos brasileiros, que o Ico fez em seu blog. Material de primeira para quem curte saber um pouco mais sobre os bastidores da F-1.
San Marino 2003
Da entrevista de Jock (leia na íntegra aqui), destaquei dois trechos, imperdíveis. O primeiro só me faz ter mais certeza ainda de que esta comparação é feita somente para calar a boca das pessoas odeiam Jacques Villeneuve por causa da choradeira de Rubens Barrichello, que sempre detestou o canadense, que em 2000, em uma entrevista para o Jornal Nacional afirmou com todas as letras que o brasileiro seria segundo piloto de Schumacher!!! Depois disto Rubens nunca perdeu a oportunidade de criticar Jacques!
Segue o trecho...
Para complementar o assunto, uma fala interessante de Clear, ao comparar Rubinho com Jacques Villeneuve, piloto com o qual o engenheiro se sagrou campeão do mundo em 1997. “Acho que seus leitores vão se surpreender com isso, mas eles são tão parecidos como pilotos que chega a ser inacreditável. Ambos são muito bons no feedback técnico. Jacques também podia sentir rapidamente o que estava acontecendo com o carro e ambos são excepcionais para falar sobre o acerto do motor. É um aspecto muito específico do trabalho do piloto e que nem todos conseguem. Mas os dois sabem dizer com exatidão aos engenheiros onde estão os buracos no mapeamento do motor. E o estilo de pilotagem é muito parecido, Jacques também era muito sensível quanto aos freios. Fora da pista, claro, são muito diferentes, cada um tem sua personalidade. Mas sou muito próximo de Jacques, nos vemos muito até hoje. E acho que permanecerei amigo de Rubens no futuro também”, afirma.
O segundo trecho me deixa orgulhosa, pois simplesmente amei como ele explicou o motivo de gostar do GP do Brasil. A mais pura verdade!!!
Para encerrar a conversa, Jock Clear demonstra compartilhar da mesma paixão pelo GP do Brasil que a quase totalidade do paddock da Fórmula 1. O motivo? A paixão dos torcedores locais. “Para mim, é uma das corridas que dão o sentido da temporada, ao lado de lugares como Spa, Monza e Silverstone. Enfim, esses lugares que você associa com a Fórmula 1 propriamente dita. É uma corrida tradicional. Para nós, o que é um pouco decepcionante nestas novas corridas, em novos países, é que você vem ao autódromo no sábado ou no domingo e não sente a paixão. Em Monza, na classificação no sábado, o circuito parece ter vida própria. O mesmo vale para Silverstone e também para o Brasil”.
Para encerrar, indico a leitura da entrevista de Phill Charles, engenheiro de Nelsinho. Fica faltando o texto de Rob Smedley, engenheiro de Felipe Massa, mas este acho que ainda será publicado. Fiquem de olho por lá!
Beijinhos, Ice-Ludy
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