Faaala Luane...

A Ludy já falou na sexta sobre a tristeza de se ter seu diploma sendo desqualificado e eu não poderia não comentar também. É triste o modo como a educação é vista nesse país.
Um retrocesso
Tanto se fez e eis que finalmente conseguiram derrubar a obrigatoriedade de diploma para o exercício da profissão de jornalista. Direito adquirido há mais de 40 anos, diga-se.
É obvio que eu, como jornalista diplomada, senti-me humilhada ao ver minha profissão e os meus estudos sendo desqualificados por 8 ministros. Um deles chegou ao ponto de dizer que para exercer a profissão não é necessária técnica e nem teoria, apenas saber escrever. Ora, Seu Ministro, o senhor deveria, pelo menos, ler os currículos de disciplinas dos cursos de jornalismo e comunicação social do país para lá encontrar cadeiras, onde aprendemos sobre as teorias e comunicação que são estudadas desde 1930. Há, também em nossos currículos, veja, só o senhor! Cadeiras de ética, sociologia e filosofia para ajudar o jornalista a entender a sociedade em que se insere e assim, de forma mais qualificada, descrevê-la para os demais. Como se pode ver não se trata apenas de escrever textos.
Entretanto, na minha opinião, o pior de toda essa história é amostra viva a pulsante de como a educação e qualificação profissional é vista neste país. Pois, foi dito nas entrelinhas que a busca pelo estudo e conhecimento não valem mais nada. Não foi só a profissão de jornalista que foi desqualificada, mas sim a educação em si. Por qual motivo estudar, tentar superar-se e ser melhor se no final das contas tu vais disputar vagas com quem não teve o mesmo ímpeto e empenho?
Falam que tudo aconteceu por força das empresas que tem interesse em contratar as pessoas que quiserem sem precisar da qualificação específica. Nesse momento, uns podem dizer aos brandos “que a faculdade não torna ninguém melhor ou pior e que talento é mais importante”. Claro, talento é importante. Mas, essa tese é tão rasa quanto um pires, pois não há como discutir que qualquer talentoso só tem a ganhar se passar por 9 semestres de formação acadêmica.
No meu ver, a derrubada da obrigatoriedade do diploma dos jornalistas, bem como toda e qualquer queda de exigência de qualificação para qualquer profissão que seja é uma tentativa patética de se nivelar por baixo. Na minha humilde opinião, creio que deveria ser bem o contrário e os distintos governantes deveriam era investir pesado na educação e qualificação da mão de obra do país. Querem ser grandes? Pensem como os países grandes, então. Aliás, parem de gastar como se fossem grandes e invistam como grandes.
By Lu
Comentários
Ah! Parabéns pelos 8 anos do jornal.
Sim! O jornal está de aniversário! Mto legal!
Bjs e dedos cruzados amanhã! hehehe